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Criptorquidia

 

Palavra de origem grega significa: Testículo escondido.

Isto ocorre porque durante o desenvolvimento normal, o testículo não migra2 para sua posição definitiva, que é o escroto, fica retido no longo do trajeto normal ou instala-se num local ectópico (inadequado).

A criptorquidia é uma enfermidade muito frequente na infância a incidência varia de 21% para os recém-natos prematuros e de 2,7% para crianças nascidas a termo. No primeiro ano, a incidência é semelhante a do adulto, variando de 0,5% a 0,8% devido a possibilidade de tecido espontânea que pode ocorrer nas primeiras semanas até o terceiro mês.

Acredita-se que 95% dos testículos criptorquídicos descem ao escroto até um ano de idade. Após essa fase, a descida espontânea é muito rara.

Cerca de 20% de todos os testículos criptorquídicos não são palpáveis. Entretanto, a ausência completa da gônada, quer seja anorquia (quando bilateral) quer seja monorquia (quando unilateral) representa um contingente muito pequeno numa população de criptorquídicos, com incidência de 0,6% para anorquia e 4% para monorquia.

Os testículos se desenvolvem durante a vida intra-uterina na região abdominal e, então por volta do sétimo mês de gestação começam a descida para a bolsa testicular (escroto).

Fatores hormonais e ou mecânicos podem impedir a migração dos testículos e proporcionar a criptorquidia.

A migração testicular vai proporcionar uma mudança de ambiente com menor temperada (a diferença de temperatura entre o abdome e o escroto varia entre 1,5 a 2,0ºC) favorecendo a produção dos espermatozoides.

 

 

 


Diagnóstico

O diagnóstico é realizado pelo exame físico e, idealmente, deve ser realizado antes dos 6 meses da vida (período mais fácil em que não há retração testicular = reflexo cremastérico).

Caso testículo não seja palpável o diagnostico é realizado por meio da laparoscopia.
Na criptorquidia bilateral com testículos não palpáveis no trajeto de descida, deve-se fazer exame de cariótipo.


 

Tratamento

O2 tratamento é obrigatório por quê?

  • Risco de infertilidade

  • Maior risco de desenvolver câncer de testículo ao futuro

  • Maior risco de torsão de testículo

  • Maior risco de problemas psicológicos

Observações: A criptorquidia está frequentemente associada à hidrocele comunicante e hérnia inguina.


Tratamento Hormonal

Pode ser indicado nos casos de testículos ainda não tratados por outros métodos, que não sejam ectópicos (ou seja, esses devem estar no trajeto de descida normal) e sem presença de hérnia inguinal associada.

O índice de sucesso fica em torno de 20%.

 


Tratamento Cirúrgico

O ideal do tratamento cirúrgico é entre 9 e 18 meses, após a idade passível descida espontânea do testículo e antes de se aumentar o dano testicular pela temperatura elevada da cavidade abdominal.

 

A técnica dependerá da localização do testículo:

  • Retrátil: Realiza-se incisão escrotal e fixação do mesmo na bolsa subdártica.

  • Ectópico ou inguinal palpável: incisão via inguinal

    • Se o testículo viável: dissecção dos vasos e ducto deferente até que possamos colocá-lo na bolsa.
    • Se inviável: orquiectomia (retirada do testículo)

 

 


  • Não Palpável -> Via laparoscópica:

    • Se cordão inguinal estiver entrando pelo anel inguinal interno, realiza-se abordagem inguinal aberta;
    • Se o testículo estiver intra-abdominal, realiza-se orquidopexia laparoscópica;

 

 

 


Complicações

 

  • Atrofia testicular

  • Necessidade de orquiectomia (retirada de testículo)

 

Cerca de 20% dos homens com criptorquidia unilateral permanecem inférteis mesmo que a correção tenha sido adequadas e em idade apropriada.

A criptorquidia bilateral mesmo tratada proporciona baixos índices de fertilidade na idade adulta.