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Cálculos Urinários

São formações sólidas de cristais minerais que podem chegar a vários centímetros de diâmetro, podendo estar localizados nos rins, ureteres, bexiga ou uretra.

 


Tipos

 

Existem quatro tipos de cálculos renais, sendo que um se diferencia do outro no que diz respeito à sua formação e principais características. Os tipos de pedras no rim existentes são:


Cálculos de Cistina

Estes podem aparecer em pessoas que têm cistinúria, uma doença renal hereditária e que afeta tanto homens quanto mulheres.


Cálculos de estruvita

Encontrados principalmente em mulheres com infecção do trato urinário. Esses tipos de pedra nos rins podem crescer muito e bloquear o rim, o ureter ou a bexiga. São os formadores de grandes cálculos, chamados cálculos coraliformes.


Cálculos de Ácido Úrico

Correspondem a 7% de todos os cálculos renais tratados.

Formam-se principalmente em pacientes que têm ácido úrico elevado. São mais frequentes em homens do que em mulheres. Podem, ainda, ocorrer juntamente com dietas ricas em proteína, gota ou quimioterapia. Fatores genéticos também podem contribuir para o surgimento de pedras no rim deste tipo.

Outros tipos de pedra nos rins também podem ser formados, mas são muito raros.


 

Causas

 

As pedras nos rins são formadas quando a urina apresenta quantidades maiores que o normal de determinadas substâncias, como cálcio, oxalato e ácido úrico ou que têm uma diminuição na quantidade de alguns fatores que impediriam a aglomeração desses cristais como por exemplo o citrato. Essas substâncias podem se precipitar e formar pequenos cristais que, depois, vão se aglutinar e se transformarão em pedras.

Alguns fatores são considerados de risco, pois contribuem para o surgimento do cálculo renal. Veja:

 

  • Histórico familiar: se alguém da sua família já teve pedra nos rins, as chances de você desenvolvê-las também são maiores. Agora, se você já apresentou a doença alguma vez, as chances de você desenvolver mais uma vez também são altas;

 

  • Adultos acima dos 40 anos são mais propensos a desenvolver pedra nos rins do que pessoas mais jovens. No entanto, o problema pode ocorrer em qualquer idade;

 

  • Homens são mais suscetíveis aos cálculos renais do que mulheres;

 

  • Deixar de beber a quantidade de água indicada todos os dias aumenta os riscos de desenvolver pedras nos rins. Neste sentido, pessoas que vivem em regiões quentes ou que suem muito estão dentro do grupo de risco;

 

  • Dietas ricas em proteína, sódio (sal) ou açúcar também são consideradas fatores de risco. A presença exacerbada de sal na dieta aumenta a quantidade de cálcio que os rins deverão filtrar, o que consequentemente leva a um risco maior do surgimento de cálculos renais;

 

  • Pessoas com obesidade também possuem maior risco de apresentar pedra nos rins;

 

  • Doenças do trato digestivo, como inflamação gastrointestinal e diarreia crônica, e cirurgias, como a de bypass gástrico, podem causar mudanças no processo de digestão que afetam diretamente na absorção de cálcio e água, aumentando as chances de formação de substâncias capazes de levar à formação de pedras;

 

  • Outras doenças, como acidose tubular renal, cistinúria, hiperparatiroidismo, doenças no trato urinário e alguns medicamentos também podem aumentar os riscos de cálculo renal.

 

 


Diagnóstico de Cálculo renal

 

  • Exames de imagem são essenciais. Ultrassonografia e radiografia de abdome são bons exames de triagem e acompanhamento, mas o exame padrão ouro para diagnóstico e indicação do tratamento é a tomografia de abdome.

 

  • Fora do período de crise pode-se realizar uma avaliação metabólica que incluem exames de sangue e urina para tentar se determinar o fator formador dos cálculos urinários e então tentar prevenir a formação de novos cálculos.

 


 

Tratamento de Cálculo renal

 

O tipo de tratamento a ser aplicado ao paciente vai depender do tamanho e localização da pedra e dos sintomas apresentados.

Quando as pedras são pequenas e não manifestam muitos sintomas, o paciente não precisará passar por procedimentos muito invasivos.

Nesses casos, o médico poderá indicar algumas medidas que ajudam na recuperação:

 

  • Beber muita água (de dois a três litros por dia) ajuda a eliminar as pedras por meio da urina;

 

  • Analgésicos para a dor provocada pelo cálculo renal também são uma opção;

 

  • Medicamentos que ajudam na expulsão dos cálculos.

 

 

No entanto, quando as pedras são grandes e causam sintomas mais fortes ao paciente, o tratamento deve ser diferenciado. Pedras maiores não podem ser expelidas sozinhas, podem causar sangramentos, danos mais graves aos rins e infecções no trato urinário. Para esses casos, procedimentos mais invasivos devem ser utilizados, a exemplo de:

 

  • Litotripsia extracorpórea: através de ondas de choque eletro-hidráulicas. Esse tipo de tratamento consiste na criação de fortes vibrações para quebrar as pedras e facilitar a excreção;
  • Ureteroscopia rígida ou flexível: consegue-se através da inserção de um parelho pela uretra, entrar no ureter e chegar até o rim. Cálculos de vários tamanhos podem ser fragmentado e extraído desta maneira. Atualmente o Laser é muito utilizado para se fragmentar estes cálculos.
  • Cirurgia renal percutânea: através de uma punção diretamente sobre o rim, com 1 cm de diâmetro, pode-se fragmentar e extrair cálculos de qualquer tamanho.

Ureteroscopia flexível

 

 

Cirurgia Renal Percutânea

 

Litotripsia Extracorpórea

 

A Litotripsia Extracorpórea por Ondas de Choque continua sendo, universalmente, o método de escolha para o tratamento da maioria dos cálculos nos pacientes com calculose urinária dos rins, ureteres e bexiga. A Litotripsia teve início no princípio dos anos 80 e desenvolveu-se tecnicamente e, atualmente, tornou-se mais acessível a, praticamente, todas as camadas sócio-econômicas da população.

 

 

 

Litotripsia Extracorpórea por Ondas de Choque (LECO)

 

O procedimento não é invasivo, com baixíssimo número de complicações, pois a eliminação dos fragmentos ou a areia formada pela pulverização dar-se-á pelas vias urinárias. A Litotripsia é pouco dolorosa, dependendo do limiar de dor do paciente, do tipo de máquina, da intensidade utilizada (dureza do cálculo) e do número de impulsos.

 

Analgesia com sedação leve é utilizada nos pacientes que necessitarem, bem como em crianças.

 

A duração de uma sessão de Litotripsia é de cerca de 30 a 50 minutos e o paciente pode exercer sua atividade habitual no mesmo dia, inclusive na maioria dos casos, é recomendável a deambulação e alguns exercícios para auxiliar na eliminação dos fragmentos.

 

Alguns cálculos não podem ou não devem ser tratados pela LECO: cálculos muito grandes, muito duros ou em pacientes obesos. Nestes casos, outro procedimento endoscópico será necessário para o tratamento.