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Refluxo Vesicoureteral

 

O refluxo vesicoureteral é uma das doenças mais frequentes no tratamento urológico de crianças.

Definição: O fluxo retrogrado de urina da bexiga para o trato urinário superior (rins) é um evento anormal no ser humano, conhecido como refluxo vesicoureteral, ou seja, normalmente a urina é produzida pelos rins e vai para a bexiga por meio de um conduto (tubo) chamado ureter, é armazenada na bexiga e em seguida, na micção, passa para a uretra e é eliminada do nosso corpo (micção). Porém em torno de 1 a 2% das crianças a urina retorna para o ureter, podendo chegar até os rins.

Isso é que chamamos de refluxo vesicoureteral.

 

A importância do refluxo decorre de sua associação com infecção do trato urinário, podendo levar a infecção renal (pielonefrite) e proporcionar cicatrizes renais com perda de função renal.

Como geralmente a infecção urinária inicia-se na bexiga, havendo refluxo de urina para os rins estas bactérias seriam facilmente levadas para o rim proporcionando infecção do mesmo (pielonefrite).

Portanto crianças com crianças com refluxo podem ter maior chances de apresentar infecções renais que, em último caso, significa perda de função renal.

 

Por esse motivo, o tratamento do refluxo visa evitar a ocorrência de infecções urinárias que possam danificar os rins.

A incidência do refluxo em crianças assintomáticas varia entre 0,5 e 1,8%, porém está presente entre 29 a 50% em crianças com infecções urinária, por esse motivo, toda vez que uma criança apresentar infecção urinária nos primeiros anos de vida, devemos checar se existe refluxo vesicoureteral.

Em recém-nascidos, o diagnóstico de refluxo vesicoureteral é mais comum nos meninos, porém logo após o primeiro mês de vida as meninas passam a apresentar 4 a 6 vezes mais refluxo.

A presença do refluxo vesicoureteral pode ter ocorrência familiar ou seja a presença de refluxo em uma criança pode significar até 35% de chance de seus irmãos apresentarem o mesmo problema.

 

 


 

 

Diagnóstico

 

A suspeita inicial para a existência de refluxo baseia-se na ocorrência de infecção urinária e/ou febre. Para confirmar o diagnóstico e classificá-lo, é necessário a realização da uretrocistografia miccional (radiografia da uretra, bexiga e ureteres; em que injetamos um contraste visível no raio x dentro da bexiga e observamos se existe retorno deste para os ureteres ou os rins, caso isto ocorra temos o diagnóstico de refluxo.)

 

Existe uma classificação internacional do refluxo vesico uretral:

 

 

 

 

 


 

 

Tratamento

 

O refluxo pode desaparecer espontaneamente em alguns casos, sendo importante suas características:

Os refluxos graus III a V unilaterais apresentam maior chance de resolução espontânea.

Quanto maior o grau, menor a chance de resolução espontânea.

Refluxo associadas a disfunções do funcionamento de bexiga tem maior chance de se resolver após o tratamento da disfunção da bexiga.

Pelos motivos mencionados acima em geral o tratamento inicial é clínico, porém em casos mais graves, em crianças com maior idade (principalmente no sexo feminino) algumas vezes o tratamento cirúrgico deve ser instituído de imediato, visando a preservação da função renal.

 

 


 

 

Tratamento Clínico

 

Tem como principio básico evitar as infecções urinárias que possam atingir o rim (proteção do rim).

Consiste da observação minunciosa e periódica da criança associada ao uso de antibióticos em doses reduzidas por longos períodos (antibióticos profiláticos), medidas de higiene e dietéticas (ingestão hídrica e micções adequadas) visando esperar a cura espontânea do refluxo.

Nos casos em que ocorrem infecções recorrentes (repetidas) apesar do uso de antibióticos ou em caso de refluxo mais intenso e graves, com presença de perda da função renal e/ou crianças acima de 5 anos em que a expectativa de cura espontânea é menor o tratamento cirúrgico pode ser indicado.

 

 


 

 

Tratamento Cirúrgico

 

  • Tratamento Endoscópico:

Injeção de substâncias ao redor do ureter que visa corrigir o defeito na junção do
ureter com a bexiga (casos de refluxo baixo grau)

Exemplos: ácido hialurônico, colágeno, microesfera de carbono pirolítico, silicone.

Indice de cura do refluxo com tratamento endoscópico:
Grau I a III = 70 a 90%
Grau IV a V = 50%

 

 

  • Tratamento cirúrgico clássico (cirurgia aberta)

Quando: falha do tratamento endoscópico

Realiza-se um técnica anti-refluxo com a finalidade de corrigir o defeito da junção entre o ureter e a bexiga.

Proporciona altos índices de cura 90 a 97%

Existem varias técnicas.